Mesmo quando a ideia é resolver o passado ou fumar o cachimbo da paz, há sempre o risco de a história se repetir. Sobretudo quando já se passou por tanto rock’n’roll juntos. “Já compensou. Queria voltar a ter a sensação ‘de banda’ que só tive com eles. É um disco que tem cá muita amizade dentro.” E continua: “Ter uma banda é simultaneamente a melhor e a pior coisa do mundo. É ter quatro namoradas ao mesmo tempo, mas também sentir que estão cinco pessoas a trabalhar para a mesma coisa.”
- Joana Vilela
Os Oioai deverão ter nascido por volta de 2004, quando o Pedro Puppe mostrou ao Bernardo Barata umas canções originais em português no leitor de cassetes do seu Fiat Panda, no parque de estacionamento da praia de Carcavelos. O Bernardo (baixo) pediu emprestado o João Pinheiro (bateria) aos Tv Rural - banda mítica de Oeiras pioneira de um novo som experimental em português, e o Puppe trouxe o João Neto - guitarrista incontornável de Algés, amigo do seu irmão mais velho.
Com estes quatro tocaram em todos os bares do cais do Sodré onde fizeram residência durante muito tempo, em festas em labirintos subterrâneos e basicamente onde foi possível tocar até a um apogeu no festival do sudoeste quando ainda era um festival de rock. Depois aconteceu a vida e estes membros seguiram caminhos diferentes até se reencontrarem em 2018 para a gravação do disco X, agora com o João Gil (guitarra e teclas), do qual saíram canções como “Pintar o Mar” e “Ela Melhora”.
Voltam a juntar-se em 2026 para novos concertos.
Entrada: 9,99 BOTAS