Nino Galissá herdeiro da tradição Mandinga, Nino traz no sangue a arte dos Griots – contadores de histórias e guardiões da cultura ancestral. Com sua Kora - instrumento africano de várias cordas - herdada do pai, Buli Galissá, ele tece melodias que atravessam gerações e unem África e Europa num só som. A sua música conecta ritmos tradicionais da Guiné-Bissau, como o gumbe, com influências mais modernas, criando um show que é ancestralidade, esperança e poesia.
Braima Galissá, Embaixador da Cultura Mandinga, professor e mestre griot do Kora, nasceu na Guiné-Bissau em 1964 no seio de uma família de griots da cultura Mandinga, que tocam Kora há mais de 600 anos. Começou a aprender o Kora, em meados de 1970, pela mão do seu pai. Hoje é considerado um dos melhores músicos representantes da cultura Mandinga, pelas suas excelentes qualidades de exímio tocador de Kora. Foi responsável e compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau e professor de Kora na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos.
Agora radicada em Portugal, Djonsaba Kanuté vem de Bafatá, cidade a leste da Guiné-Bissau, capital da região com o mesmo nome e também berço de Amílcar Cabral. Nasceu no seio de uma família de músicos griot – ambos os pais e a avó eram músicos – e recorda-se de existir música na sua vida praticamente desde a primeira infância, quando os pequenos trabalhos domésticos que ia fazendo eram sempre acompanhados pela voz, que rapidamente se tornou e continua a ser o seu principal instrumento. Canta sobretudo em dialeto mandinga, o mais comum em outros países circundantes da África Ocidental, como Mali, Senegal e Gâmbia, mas também em sarakolé, bambara ou fula.